sábado, 2 de abril de 2011

BBB11: Análise sobre a vitória de Maria

Podemos ver que foi a primeira mulher bela, que não vem de origem humilde, a vencer o programa. Bacana! Mas vai bem além disso. A bela foi criticada duramente nas mídias sociais por conta de seu passado (ser ou não ser garota de programa?) e muitas vezes foi taxada de ‘burra’. E daí já dá pra fazer uma baita reflexão. ‘Bonita’, ‘burra’, ‘garota de programa’ e ‘rica’ consegue driblar os ‘feios’, ‘inteligentes’, ‘idôneos’ (e tinha algum nesta edição?) e ‘humildes’. Mas essa é fácil de explicar: Os ‘inteligentes’ se preocuparam em jogar, manipular e observar, e acabaram não protagonizando fatos que realmente davam ibope ao programa. Ela deu o ‘up’ desta edição (sendo muitas vezes inconveniente, mas se permitindo sempre estar em destaque). Talvez sua maior vitória tenha sido contra qualquer tipo de preconceito aqui fora após o fatídico comentário de Ariadna sobre a vida regressa da moça.


Sobre o Wesley, o que tenho a dizer, é que o cara é tranquilo. Como ser humano, tinha tudo pra vencer o programa. Também possuia defeitos, mas inegavelmente ‘apagou o fogo’ da nossa protagonista que, com ele, passou a vivenciar a ‘história de amor’ que não viveu com o cara de codinome ’duas vezes Mau’. Cuidou, deu carinho, atenção… Foi amigo de todos… Sofreu um certo desprezo por ter chegado depois à casa (e por isso não merecia vencer, porque só quem estava desde o começo merecia, segundo as especialistas ‘pretinhas’). O lance da medicina, a princípio, atrapalhou um pouco por lhe dar o perfil de ‘filhinho de papai’. Enfim, tão tranquilo, mas tão tranquilo, que a estrela não brilhou o suficiente para montar sua clínica de hemodiálise.

Sobre o público, fica a dica: Dá pra fazer até tese de doutorado. É que, nas votações do reality, dá pra fazer uma análise geral sobre o jeito de votar do brasileiro. Sabemos votar? Pode-se até alegar falta de opção. Mas não vejo assim. Vejo que sempre votamos em quem dá ibope, quem tem a melhor mídia, quem aparece mais. Abaixo a qualquer outro tipo de valor como caráter, idoneidade, humildade, discrição, dentre outros. E não estou dizendo aqui que Maria não os tivesse. Apenas estou afirmando que não foi isso que foi levado em consideração. Vence quem aparece mais. Fato! Alguma semelhança com as eleições políticas? Vi um comentário no facebook que fiquei boquiaberta. Dizia: ‘quero que o Daniel ganhe porque seria o primeiro nordestino a vencer o programa’. Perceba o critério de avaliação… Daniel tinha seus valores, mas dizer que ele merece porque pertence a um clã, uma região… Caramba! Mais uma vez, abaixo os critérios como caráter, idoneidade, humildade, discrição… Até o lar de idosos, neste caso, estava valendo…rs.


Mas a Maria… Enfim! A Maria inegavelmente quebrou vários tabus: Não fez jogo, não teve receio em se expor ou de parecer vulgar, ficou com dois homens na casa, se humilhou, se embriagou, falou besteira (muita besteira), brigou feio, foi odiada, foi amada, foi pisada, teve sérios problemas com a imagem do lado de fora da casa por conta de seus vídeos calientes, não se antenou ao jogo em nenhum momento… Foi realmente pra ‘curtir o momento’. Ou seja, simplesmente foi espontânea! Daí ser a merecedora, aos olhos do público, do grande prêmio que muitos almejaram. Ganhou sem querer. O que resta fazer se não parabenizá-la?

Entretanto, caros leitores, o foco aqui não é quem ganhou ou perdeu. É realmente um convite à reflexão sobre como estamos elegendo nossos preferidos em todos os aspectos. Maria mereceu ganhar? Sim, mereceu. Principalmente por ter sido a única a perceber (ou não) qual era a ‘real’ do jogo. E a mídia adora isso! O público adora isso!!!

E aí, convido a outra reflexão (que não foi citada anteriormente, mas me preocupa profundamente): As guerras declaradas na internet. Parecia estádio de futebol em dia de clássico-rei. Tantas ofensas. Tantos palavrões. Tanta falta de respeito. E o que importa se fulano torcia por Daniel? E o que importa se beltrano torcia por Wesley? Idem os demais. Sinto falta de quando torcida era uma brincadeira divertida e algo perfeitamente saudável e não essa luta declarada de desamor e falta de respeito quanto à escolha alheia. Pensem nisso, meus queridos. Entretenimento é bem mais leve do que isso…

Por fim, mais uma vez… Parabéns a Maria por representar tão bem o retrato político de nosso país. Parabéns ao público brasileiro, que tanto critica as edições do reality, mas que sempre estão lá, lendo as postagens, comentando e dando ibope ao programa, mesmo que seja pra dizer ‘eu não sei porque se perde tempo assistindo um programa desses’. Curioso não? Essa é a parte boa do BBB. Mergulhar no que há de mais complexo no univserso intitulado ‘ser humano’…


Li tudo aqui! (ctrl+c - ctrl+v)

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