sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Tenho momentos de menina, mas sou um mulherão quando preciso"

Quem guardou na memória a imagem da garotinha desinibida que arrancava gargalhadas dos entrevistados do dominical “Gente Inocente” com suas perguntas inusitadas, mal reconhece Natália Soutto na mulher segura que interpreta a personagem Das Dores no remake de “O Astro” e, recentemente, fez sua estreia como assistente de direção na televisão em “As Cariocas”.

Formada em cinema, a atriz de 21 anos, que namora o estudante Guilherme, conversou com QUEM sobre sua vida pessoal e os projetos para o futuro, e contou que, apesar de se considerar conservadora, não descarta a possibilidade de realizar um ensaio nu. “Eu pensarei nisso se tiver uma proposta bacana”, explicou a carioca, que quer deixar para trás a imagem infantil e mostrar sua faceta mais madura.

“Tenho momentos de menina, mas sou um mulherão quando preciso” - ela garante.

QUEM: Como começou sua carreira como atriz?
Natália Soutto: Eu fiz dança por 11 anos, então, desde muito pequena, sempre que tinha um teste, eu pedia para minha mãe me levar. Quando soube da seleção para o “Gente Inocente”, em 1999, fui participar para dançar, mas acabaram gostando do meu teste como atriz e eu fiquei três anos no programa. No começo achava muito estranho ser reconhecida, as pessoas me apontavam na rua. Era estranho ser observada, mas depois me acostumei.

QUEM: Algumas atrizes que começaram a carreira na infância têm dificuldade em deixar de lado a imagem infantil e se firmarem na profissão na idade adulta. Como foi essa transição para você?
N.S.: Eu estou fazendo todo um trabalho para me desvincular da imagem de menina, mas é complicado. Eu cresci, sou adulta, mas a tendência é que as pessoas ainda se lembrem de mim como a garotinha do “Gente Inocente”. Quando eu tinha uns 18 anos, ficava muito incomodada com isso, mas agora procuro relaxar.

QUEM: Pensa em fazer algum trabalho que marque esta fase adulta?
N.S.: Eu já fiz alguns ensaios sensuais, mas nada muito ousado. Mas não sei se faria um ensaio nu. Sou muito conservadora e tímida, mas é uma idéia que não descarto. Até penso na possibilidade, se surgir uma oportunidade bacana, já que, de um ano para cá, as pessoas tem elogiado esse meu lado mais mulher.

QUEM: Você se vê mais como mulher ou como menina?
N.S.: Eu tenho momentos de menina, mas sou um mulherão quando preciso. Esse meu lado mais maduro aparece quando eu falo da minha carreira ou estou no meu trabalho, tomando decisões. Nesses momentos é preciso se mostrar mais madura, mais séria.

QUEM: E quando é que a menina se manifesta?
N.S.: Eu sou bem humorada, gosto de rir de me divertir, e meu lado menina se manifesta por aí. Saio muito com a minha mãe, com meus amigos, adoro dançar. E sou muito romântica também. Recentemente fiz um ensaio vestido de noiva e fiquei maluca, desatei a chorar. Sempre sonhei com um casamento de princesa.

QUEM: Então um casamento está nos planos?
N.S.: Sim, mas para daqui a muitos anos, muitos anos mesmo (risos). Eu sou canceriana, quero casar e ter filhos, mas também quero estar estabilizada na minha carreira. Eu penso grande.

QUEM: Você disse que é conservadora e bastante tímida. Aceitaria um papel que exigisse de você cenas mais sensuais ou de nudez?
N.S.: Eu me formei em cinema em 2009, e me encantei pelo trabalho nos bastidores, embora a carreira de atriz seja a minha primeira opção. Nessa época, tive contato com projetos mais adultos, muitas vezes com cenas de nudez. E, fazendo este trabalho por trás das câmeras, pude perceber que é tudo muito profissional, são sempre poucas pessoas no estúdio, então eu faria cenas de sexo numa boa, faz parte do meu trabalho.

QUEM: Acha que seu namorado aceitaria bem trabalhos como esse?
N.S.: Na verdade, eu só estou namorando há uma semana. O Guilherme não é do meio artístico e nem é meu primeiro namorado, mas esse é meu trabalho e ele precisa aceitar, embora acredite que ele evitaria ver.

QUEM: Quem é mais ciumento, ele ou você?
N.S.: Eu sou ciumenta, mas daquela que fica na sua e fala quando há uma oportunidade. Eu já fui muito mais, agora estou tranqüila. Quando a pessoa te passa segurança, não tem porque desconfiar de nada. E eu tenho uma teoria: confio até que me dêem motivos para pensar diferente.

QUEM: Perdoaria uma traição?
N.S.: Eu já fui traída e foi a pior coisa da minha vida. Você não consegue esquecer, a relação nunca mais é a mesma coisa. Eu acho que até perdoaria a pessoa, mas não conseguiria mais ficar com ela.

Flávia Faccini
Revista Quem Online

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