quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Comandante da Polícia Militar é acusado de ordenar execução da Juíza Patrícia Acioli

O ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) vai para Bangu 8
O tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, apontado pela Polícia Civil como o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, era investigado pelos crimes de corrupção e assassinato e seu pedido de prisão seria assinado pela magistrada em breve. As informações foram divulgadas pelo delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Felipe Ettore, durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na sede do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio.

De acordo com o delegado, todos os 10 envolvidos na morte da magistrada tinham interesse no assassinato, porque estavam sendo investigados por ela, embora por crimes diferentes. Ao todo, nove homens do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM (São Gonçalo), além do oficial participaram da trama e assassinato da magistrada, segundo a polícia.
"Ela mandaria prender este tenente coronel muito em breve, para isso ela estava reunindo provas. O que eu posso dizer até este momento é que não há outros oficiais envolvidos nesta trama diabólica. Ele mandou matá-la para não ser preso", explicou o delegado.

As investigações devem ser encerradas nos próximos 15 dias. Nesta semana e na próxima outras pessoas devem ser ouvidas sobre o episódio.

O tenente-coronel deve ser transferido ao presídio de Bangu 8 ainda na tarde desta terça-feira (27). Ao contrário do que acontece com outros policiais militares suspeitos de envolvimento em crimes, o tenente não foi levado para o Batalhão Especial Prisional (BEP).

"Ele foi direto para o presídio porque foi uma determinação do próprio juiz que assinou o pedido de prisão", explicou o secretário de Segurança Pùblica José Mariano Beltrame.

O pedido de prisão de Claudio Luiz e outros seis policiais foi pedido na noite da última segunda-feira (26) pelo juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

Pelo menos 380 armas apreendidas no Batalhão de São Gonçalo já foram periciadas, de acordo com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha. Questionada se alguma arma usada no crime estava entre as apreendidas no batalhão, a delegada informou que só depois da conclusão da perícia em todo o lote apreendido haverá a divulgação desta informação

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