Após o afastamento judicial determinado pelo Tribunal de Justiça (TJ), o prefeito de Primavera do Leste, Getúlio Viana (PR), classificou a ação por ato de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) como “brincadeira”.
“Qualquer cidadão que entende um pouco de direito vai rir dessa ação. A origem desse processo é uma carta anônima. Ninguém, em nenhum depoimento, apontou nada contra mim. Somente essa carta anônima. Isso é uma brincadeira, tanto que a juíza não atendeu o pedido de afastamento. Aí o MPE recorreu”, disparou o prefeito, em entrevista por telefone ao MidiaNews.
O prefeito acusou o promotor Silvio Rodrigues, ainda, de o estar perseguindo desde o ano passado, e disse que ele estaria agindo por interesses políticos de algum “padrinho” poderoso. Ele ressalta que, desde que o promotor chegou ao município, as coisas começaram a “complicar”.
“Desde julho do ano passado esse promotor está aprontando comigo. Desde que ele veio para cá, as coisas complicaram. Ele é apadrinhado de poderosos do Estado”, declarou Viana, sem mencionar nomes.
“Esse promotor é uma pessoa que estudou. Como pode propor uma ação dessas? O promotor é destemperado, ou vive em outro planeta”, disparou.
O republicano alegou que o contrato de transporte escolar apontado pelo MPE como fraudulento está em vigor desde antes de sua gestão. “Esse ônibus trabalhava para o município desde antes de eu ser prefeito, e continua trabalhando. Nós licitamos o serviço, e locamos mais de 30 veículos”, afirmou o prefeito.
“Nossos contratos têm o quilômetro rodado mais barato do Estado. Será que o serviço ser barato não vale mais que tudo?”, acrescentou Viana, informando que o valor do quilômetro rodado varia entre R$ 1,50 e R$ 2,00, dependendo do veículo.
Viana disse, ainda, que a perseguição que está sofrendo é uma "violência contra a democracia". “Estão me colocando como chefe de uma quadrilha. Isso é um absurdo. Quem faz as coisas certas, acaba pagando caro. É caro ser honesto”, afirmou.
De acordo com a ação, Getúlio Viana teria adquirido ônibus velhos e colocado os veículos em nome de um funcionário de seu posto de gasolina, que seria um “laranja”, para depois firmar contratos com o município e utilizá-los no transporte escolar.
Seu afastamento foi determinado na noite desta terça-feira (23), de forma provisória, pelo desembargador Luiz Carlos da Costa. Com o afastamento de Viana, o vice-prefeito Paulo Eromar Bersch (PMDB) assume o comando do município.
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