segunda-feira, 2 de abril de 2012

'Se depender de provas, Senador Demóstenes deve ser cassado', sustenta Senador Pedro Taques


O senador Pedro Taques (PDT) avalia que as escutas telefônicas entre Demóstenes Torres (DEM) e o empresário e bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que vieram a público já são elementos suficientes para cassar o congressista democrata.
“É importante destacar que eu fui o único representante de Mato Grosso no Congresso Federal a fazer uma representação contra ele [Demóstenes]”, afirmou Taques, ao comentar uma matéria da Folha de S. Paulo que o classifica como “admirador” do senador investigado.
“Agora, eu não sou bidú ou adivinho para descobrir essas coisas”, argumentou Taques. O pedetista já havia usado a tribuna do Senado na segunda-feira (26) para se pronunciar sobre o caso, classificado por ele na ocasião como “grave”.
“Não se apresenta como razoável que um senador da República possa trocar este número de telefonemas com cidadãos voltados para a prática do crime. Não se afigura como razoável que um senador da República possa se utilizar de telefones habilitados em Miami. Não se afigura que um senador possa se valer de expediente outros para conversar com cidadãos voltados à prática do crime”, asseverou Taques em seu discurso.
A situação de Demóstenes complicou-se ainda mais neste final de semana, quando vieram a público novos trechos de gravações feitas pela Polícia Federal entre o parlamentar e o bicheiro, que se chamavam respectivamente de “Doutor” e “Professor”. Os diálogos revelam que ambos, inclusive, tentaram fraudar uma licitação de marketing esportivo da Copa do Mundo em Mato Grosso.
Demóstenes Torres e Pedro Taques são ex-integrantes do Ministério Público. O mato-grossense pertenceu ao Ministério Público Federal, enquanto o democrata foi do Ministério Público de Goiás.
O box publicado na versão impressa da Folha de S. Paulo em anexo à matéria intitulada Em sete dias, senador passa de ‘intocável’ classifica Taques como “admirador” de Demóstenes ao citar a seguinte frase do congressista mato-grossense, proferida antes dos escândalos virem à tona: “senador Demóstenes, eu conheço desde 1996, nas barrancas do rio Araguaia, do rio Tocantins. Nós dois fomos forjados na luta contra a criminalidade”.

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