sábado, 14 de maio de 2011

Incontinência Urinária, um problema importante

A incontinência urinária (IU) é um problema de saúde com alta incidência entre as mulheres e sua prevalência aumenta ao longo da vida. Estima-se que mais de 200 milhões de mulheres no mundo convivam com esta disfunção, que implica em limitações nas atividades diárias e na qualidade de vida das pacientes acometidas.
Atualmente a International Continence Society (ICS) define IU como “perda involuntária de urina que é um problema social ou higiênico” valorizando a queixa da paciente, diferente do antigo conceito “perda involuntária de urina que é objetivamente demonstrável e um problema social ou higiênico”. A IU pode ser classificada de acordo com os sintomas como: incontinência urinária de esforço (IUE); incontinência urinária de urgência (IUU), e incontinência urinária mista (IUM).
A IUE é definida pela ICS (Sociedade Internacional de Continência) como a queixa de perda involuntária de urina aos pequenos, médios e grandes esforços, como no espirro, na tosse e nas atividades físicas que aumentam a pressão intra-abdominal. Trata-se do tipo mais comum de IU em mulheres e a sua prevalência pode variar de 12 a 56% dependendo da população estudada. A IUU pode ser definida como perda involuntária de urina associada com desejo súbito de urinar, pode estar relacionada à bexiga hiperativa e a IUM ocorre quando estão associados sintomas de IUE e IUU.
A terapêutica conservadora para incontinência urinária (IU) é realizada através de técnicas cinesioterapêuticas que visam o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. A abordagem fisioterapêutica visa a rearmonização postural para correção da estática pélvica e um fortalecimento dos componentes esfincterianos, para um aumento do tônus e uma correta transmissão das pressões intra-abdominais.
A cinesioterapia consiste na realização dos exercícios de Kegel sob supervisão de Fisioterapeuta. Os exercícios utilizados baseiam-se na contração voluntária dos músculos perineais para reeducar o assoalho pélvico e aumentar seu tônus muscular.
Tais exercícios podem ser asssociados a exercícios de fortalecimento de musculatura acessória, como: adutores, glúteos e abdominais que potencializam a contração perineal. O tratamento fisioterapêutico conta também com recursos como o biofeedback, os cones vaginais e a eletroestimulação. A eletroestimulação está entre as alternativas terapêuticas para as pacientes com distúrbios urinários. Ela pode ser realizada no assoalho pélvico, sacral ou periférica.
Um método que tem sido bastante utilizado nos dias atuais é a eletroestimulação do nervo tibial, que consiste em terapia periférica, não invasiva, de baixo custo e com bons resultados no tratamento da incontinência urinária associada à urgência miccional. Recentemente, diversos estudos têm demonstrado bons resultados dessa terapia no tratamento dos sintomas urinários, incluindo melhora da qualidade de vida e dos achados urodinâmicos das pacientes.
Os cones vaginais buscam efetividade por propiciar um ganho de força e resistência muscular por meio do estímulo para recrutamento das musculaturas pubococcígea e auxiliar periférica, que devem reter os cones cada vez mais pesados (variam de 20g – 100g).

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