domingo, 14 de agosto de 2011

O fim está próximo? Grupo hacker promete destruir o Facebook

Aparentemente, os “Anônimos” não estarão aceitando o seu pedido de amizade no Facebook. Os membros do grupo hacker, denominados Anonymous, conhecidos por ataques politicamente motivados, agora alvejam a rede social Facebook, que eles dizem ser o gigante do mau uso de informação pessoal.
“O meio de comunicação tão amado por todos vocês será destruído”, disse o orador do grupo em um vídeo da plataforma YouTube, que foi publicado dia 16 de julho, mas começou a circular amplamente esta semana.
Usando um modulador de voz para disfarçar seu tom, o orador (ou oradora), que afirma representar o grupo Anonymous, convida os espectadores a juntar-se a causa e matar o Facebook pelo bem da própria privacidade.
“Tudo o que você faz no Facebook, permanece no Facebook, independentemente de suas configurações de privacidade”, diz o orador. “Mesmo se você excluir sua conta, todas as suas informações podem ser recuperadas a qualquer momento”.
O vídeo também faz a alegação não comprovada de que o Facebook vende informações dos usuários para agências do governo e empresas de segurança para que eles possam espionar pessoas.
Um porta-voz do Facebook não quis comentar sobre o suposto complô. Mas o site tem dito repetidamente que não vende e não compartilha informações dos usuários com quaisquer terceiros que o usuário não tenha aprovado.
“Nós não compartilhamos suas informações pessoais com pessoas ou serviços que você não queira. Nós não damos aos anunciantes acesso a suas informações pessoais. Nunca vendemos e não vamos vender nenhum dos seus dados a ninguém”, disse o criador e diretor do Facebook, Mark Zuckerberg.
O ataque
A data anunciada para a “operação” que “matará” o Facebook é 5 de novembro, Dia de Guy Fawkes. Guy Fawkes foi um soldado inglês católico que teve participação na “Conspiração da Pólvora”, na qual se pretendia assassinar o rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão em 1605. A conspiração foi desarmada e Fawkes foi executado na forca por traição e tentativa de assassinato.
No entanto, ficou evidente que nem todos que fazem parte do Anonymous querem atacar o Facebook. “Para sua informação: a Operação Facebook está sendo organizada por alguns Anons [abreviação do nome do grupo], isto não significa necessariamente que todos os Anonymous concordam com ela”, dizia uma mensagem no Twitter, na terça de manhã, postada pelo @GroupAnon.
Por sua natureza, o Anonymous é vagamente organizado, sem estrutura de liderança clara. Além disso, permanece uma questão em aberto se o grupo pode ou não reunir ajuda suficiente para derrubar, ou mesmo deixar lento, um site que possui 750 milhões de usuários e recebe dezenas de milhões de todos os dias.
Em dezembro, o grupo tentou e não conseguiu derrubar outro gigante da web: o site da Amazon. A revendedora online é conhecida por ter grandes quantidades de espaço nos seus servidores – assim como o Facebook.
Nos últimos anos, o Anonymous tomou crédito por interromper uma série de sites de destaque, incluindo PayPal, Master Card e Visa.
Recentemente, o grupo reivindicou o crédito por hackear o site do Ministério da Defesa sírio, substituindo o seu conteúdo com uma mensagem antigovernamental e a logotipo do grupo. A Síria fez manchetes mundiais quando manifestantes exigiram reformas, inclusive verdadeiras eleições democráticas e um fim ao regime do presidente Bashar al-Assad.

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