quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em Goiânia, Criança de 8 anos atrai objetos metálicos

Marcos Paulo Garbone Gimenez, de 8 anos, diz ter descoberto na última sexta-feira (4) que seu corpo tem a capacidade de atrair metais. A situação para o menino, que mora no setor Celina Park, em Goiânia, ainda é uma novidade e tem deixado família e amigos curiosos. “Eu estou achando bom. É estranho, mas não sinto dores. Acho tudo normal”, revela o garoto, que – ao lado da mãe – falou com o G1 nesta terça-feira (9).

A descoberta aconteceu depois que a mãe de Marcos Paulo, a advogada Rita de Cássia Garbone Gimenez dos Reis, viu uma reportagem na TV sobre o menino Ivan Stoilikovic, que virou atração na cidade de Koprivnica, na Croácia, porque teria poderes magnéticos. “Os médicos estavam fazendo testes com as crianças. Eu reparei que os metais só grudavam nas mais gordinhas e, como o Marcos é gordinho, eu decidi que ia testar a técnica com ele depois”, conta.

Segundo Rita de Cássia, o teste foi feito durante o jantar, com sucesso: “Nós estávamos jantando e eu coloquei um garfo nele e ficou. Aí começamos a colocar colher, faca, cinzeiro, panela e até um ferro de passar roupa. Todo mundo aqui em casa tentou fazer a mesma coisa, mas os objetos metálicos só ficaram grudados nele”.

Procurada pela reportagem, a dermatologista Juliana Salgado disse não acreditar na capacidade eletromagnética do corpo. Para ela, a explicação está na produção de suor e sebo, que facilita que objetos de superfície lisa grudem na pele. O colunista do G1 Alysson Muotri também avalia que o suposto magnetismo é apenas um mito, tanto que o jovem "segura" itens como um celular, cuja superfícil é plástica. "Nossa pele é, por definição, viscoelástica. E algumas peles são mais grudentas do que outras", escreveu o especialista em artigo no Blog Espiral.

Garoto diz que ninguém acreditou
Alheio à influência dos especialistas, o garoto Marcos Paulo diz que vive a situação com um misto de curiosidade e mistério. Ele, que faz o 3º ano do ensino fundamental, disse que contou aos amigos, mas eles não acreditaram. “Ninguém acreditou, nem a professora. Todos falaram que era mentira e riram”, revela. A mãe lembra que, a princípio, o restante da família também desconfiou da situação e os parentes só acreditaram depois que viram as fotos enviadas pelo pai do menino.

A advogada ressalta que não acredita em superpoderes e que o filho nunca teve nenhum problema de saúde. “Ele fez exames de rotina há uns três meses porque eu queria orientação porque ele está gordinho e não deu nada de errado. Penso que tem mais a ver com magnetismo, acho que ele tem mais estática no corpo que a gente”, ressalta Rita de Cássia. No entanto, ela pretende levar o filho ao médico ainda nesta semana, assim que souber qual especialidade deve procurar.

Segundo Rita de Cássia, a família teme que as pessoas vejam a situação como uma espécie de milagre: “tenho medo de que as pessoas achem que ele tem algum poder de cura e queiram colocar a mão nele, ou coisas do tipo”.

De acordo com a advogada, o magnetismo é mais intenso no final do dia e quando o filho está descalço, em contato com o chão. “Quando aproximamos algum material metálico parece que o corpo dele puxa, como se fosse um imã”.

Muito suor e pouco pelo
Para a dermatologista Juliana Salgado diz não acreditar na capacidade eletromagnética do corpo. Para ela, a explicação para o curioso acontecimento está na produção de suor e sebo, que facilita que objetos de superfície lisa grudem na pele. “A pele é naturalmente coberta de suor e sebo. Existem algumas áreas de maior concentração das glândulas como, por exemplo, na face, nas costas e no tórax”, explica.

Segundo a médica, o fator da obesidade pode aumentar a produção de secreção. “É cientificamente comprovado que em pessoas obesas a produção de sebo e suor é maior. A falta de pelo também ajuda objetos a se fixarem melhor na pele. Tenho certeza de que esses objetos não vão grudar na cabeça dele. Ou seja, a combinação de uma pele que produz mais secreção e sem pelos facilita a aderência de objetos lisos”, explica.

Para Juliana Salgado, as dobrinhas das pessoas obesas também funcionam como calços e ajudam a firmar os objetos. Para o colunista do G1 Alysson Muotri, não há mistério. "Os casos parecem ser raros ou inusitados porque poucas pessoas gastam seu tempo tentando pendurar colheres na barriga."

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